Como gerar o interessa por histórias esquecidas, pergunta-se. Sobretudo quando a atenção dos países doadores parece viver ao sabor da agenda mediática
Como gerar o interessa por histórias esquecidas, pergunta-se. Sobretudo quando a atenção dos países doadores parece viver ao sabor da agenda mediáticaÉ um dos problemas mais difíceis que se enfrenta nas crises humanitárias: como manter os holofotes nestas histórias, quando os meios de comunicação vão atrás de outros acontecimentos para outros locais, ou como gerar interesse quando esta mesma comunicação social não foi lá desde o primeiro momento.
as câmaras voam rapidamente das massas famintas que morrem ou dos sem-abrigo, para a próxima crise do momento – e a atenção dos países doadores voa com elas; vai-se o financiamento, mas os problemas permanecem: as pessoas continuam a passar fome, continuam a morrer, continuam desalojadas.
É uma questão delicada, sem dúvida, afirmou Catherine Bragg, a adjunta do secretário-geral para os assuntos Humanitários e coordenação do Socorro de Emergência, na preparação da comunidade internacional para o primeiro Dia Mundial Humanitário, marcado para 19 de agosto.
Uma das ferramentas que a ONU usa para combater os chamados esquecimentos ou subfinanciamento de crises é o Fundo Central de Resposta de Emergência, criado há quatro anos, que dispensa um terço do seu orçamento total anual apenas para essas emergências, quando há vidas em jogo. Mas o montante não é, obviamente, suficiente para lidar com a dimensão do problema, notou Bragg.