associações de defesa dos direitos humanos congratulam-se com a aprovação do código da família; dirigentes muçulmanos prometem impedir a sua aplicação
associações de defesa dos direitos humanos congratulam-se com a aprovação do código da família; dirigentes muçulmanos prometem impedir a sua aplicaçãoO código determina numerosas alterações nas relações familiares e concede mais direitos às mulheres. as jovens só podem casar a partir dos 18 anos e podem receber heranças. Somente reconhece o casamento civil e extingue a pena de morte. a legislação pode diminuir o número de casos de meninas obrigadas a casar. Dadosrelativos a2005, avançados pelo jornal afrik.com,revelavam quemais de 60 por cento das jovens do Mali casavam antes dos 18 anos.
O projecto de lei foi adoptado a 3 de agosto, após um debate de 10 anos. aprovado por 117 parlamentares, aguarda ainda pela promulgação do presidente, para a sua entrada em vigor enquanto lei. O secretário-geral do conselho islâmico do Mali assegurou que tudo fará para impedir a sua aplicação. Centenas de líderes religiosos e chefes de aldeias manifestaram-se, a 9 de agosto, contra o novo código, avança o jornal digital.
Mahara Traorá, ministro da justiça, encara com normalidade as reacções de oposição. Não se pode efectuar mudanças sem provocar reacções. É difícil obter um acordo unânime quando se trata de uma reforma, afirma. O dirigente considera necessário educar os cidadãos, afim de acabar com as resistências.organizações preparam-se para verdiscórdia entre a população.
O dirigente admite, no entanto, a possibilidade defuturas emendas. Um líder muçulmano considera que o código necessita de alterações. Contudo, concorda com a igualdade de direitos, entre homem e mulher. Elas sempre foram consideradas inferiores aqui, o que não é normal. Somos todos iguais, declarou.