Durante a ocupação da Coreia pelos japoneses (1910-1945), milhares de “mulheres-conforto” coreanas foram suas escravas sexuais. O Japão ainda não pediu perdão
Durante a ocupação da Coreia pelos japoneses (1910-1945), milhares de “mulheres-conforto” coreanas foram suas escravas sexuais. O Japão ainda não pediu perdãoDas 234 mulheres coreanas que expuseram publicamente os seus dramas pessoais, só 91 permanecem vivas.como tal, várias delas têm organizado, com activistas dos direitos humanos, manifestações semanais diante da embaixada japonesa em Seul, desde 1992. Porém, nenhum oficial da embaixada, até agora,reconheceu sequer a presença delas com uma saudação durante estes 17 anos.
apesar dos vários documentos históricos e testemunhos que comprovam a escravidão sexual de cerca de 200 mil mulheres, incluindo coreanas, o governo japonês ainda não admitiu a sua responsabilidade por tal tratamento brutal e desumano. Em 1995, o Japão instituiu o Fundo das Mulheres para compensar as vítimas, mas dado que as doações eram feitas por instituições privadas, sem qualquer fundo do governo, muitas mulheres recusaram qualquer compensação.
Muitas já morreram, várias delas por complicações resultantes do abuso sexual a que foram sujeitas. Das que ainda sobrevivem, Kil Won-ok tornou-se um símbolo entre as coreanas. Tinha apenas 13 anos quando foi enviada para um campo militar localizado no noroeste da China. ali, era forçada a fazer sexo com cerca de 20 soldados diariamente. antes de ser libertada em 1945, um médico militar japonês retirou-lhe o útero por complicações associadas à sífilis.
Graças a ela e a várias activistas, a Casa Norte-americana dos Representantes aprovou, em 2007, uma resolução que apela ao reconhecimento e ao pedido formal de desculpas, por parte do governo japonês, bem como ao assumir das responsabilidades históricas de tal crime. Porém, atéhoje, receberam sempre a mesma resposta: total indiferença.