«O presente século avança com fortí­ssimas inquietações éticas e espirituais. a Igreja continuará a dar o seu imprescindí­vel contributo», salienta Virgílio antunes
«O presente século avança com fortí­ssimas inquietações éticas e espirituais. a Igreja continuará a dar o seu imprescindí­vel contributo», salienta Virgílio antunesO reitor do Santuário de Fátima defende que a Igreja, através do Papa tem sido uma voz ousada e tem proposto uma orientação para a doutrina social num sentido bem diferente daquele que predominou nas propostas sociais e políticas do nosso tempo. No editorial de 13 de agosto do Voz da Fátima, jornal oficial do Santuário, o padre Virgílio antunes analisa os reflexos que a última encíclica do Papa teve na comunicação social e as propostas avançadas.
Cada vez mais, as sociedades modernas e abertas, que estão a tentar sair das cadeias do materialismo e do economicismo, sentem a necessidade de outras vozes, de outros horizontes e mesmo de outros valores, que ajudem a ir mais longe e em maior profundidade, escreve o responsável pelo Santuário.
a voz da Igreja é isenta, livre, construtiva, exortativa, portadora de valores e horizontes mais enraizados na fundamental dignidade dos seres humanos. É por isso, salienta o sacerdote, uma voz incómoda, por ser impossível de contornar, quer se aceite, quer se rejeite.
a encíclica Caridade na verdade confirma que os maiores problemas da humanidade têm uma raiz ética. E a Igreja impele a procurar a verdade como caminho, por oposição aos subjectivismos, interesses pessoais e ideologias elevadas à categoria de fundamentalismos e primeira causa da falta de justiça e paz, escreve o reitor do santuário mariano.