Os campos de concentração nazistas, como qualquer campo de extermí­nio, podem ser considerados «símbolos extremos do mal», afirmou Bento XVI
Os campos de concentração nazistas, como qualquer campo de extermí­nio, podem ser considerados «símbolos extremos do mal», afirmou Bento XVIDurante o angelus dominical na residência de Verão de Castelgandolfo, Bento XVI considerou esses campos como o inferno que se abre sobre a terra quando o homem esquece Deus e toma seu lugar, usurpando o direito de decidir sobre o bem e o mal, de dar vida e a morte.
Infelizmente, este triste fenómeno não se limita aos campos de concentração nazistas. Estes representam o ápice culminante de uma realidade muito mais ampla e difusa, afirmou o Santo Padre. Bento XVI apontou as divergências entre o humanismo ateu e o humanismo cristão, uma antítese que teve lugar ao longo de toda a história, mas que, no final do segundo milénio, com o niilismo contemporâneo, chegou a um ponto crucial.
Há, cada vez mais, modos de pensar e de agir que exaltam a liberdade como único princípio do homem, como alternativa a Deus, transformando o homem num deus, que arbitra o próprio sistema de comportamento, disse Bento XVI, aos quatro mil fiéis. Por outro lado, há os santos que, praticando o Evangelho da caridade, dão um motivo de esperança e mostram o verdadeiro rosto de Deus, que é amor, e ao mesmo tempo o rosto autêntico do homem criado à imagem e semelhança divina.
O bispo de Roma apontou o exemplo dos santos que a liturgia lembra nestes dias: Santa Teresa Benedita da Cruz, assim como Edith Stein, que, nascida na fé judaica e conquistada por Cristo na idade adulta, tornou-se freira carmelita e selou sua existência com o martírio. Outro exemplo é São Maximiliano Kolbe que morreu no campo de concentração nazista de auschwitz, na Polónia.