Enfrenta sem medo o julgamento, embora se arrisque a 40 chicotadas. O seu objectivo é denunciar a situação e suprimir o artigo que prevê a flagelação
Enfrenta sem medo o julgamento, embora se arrisque a 40 chicotadas. O seu objectivo é denunciar a situação e suprimir o artigo que prevê a flagelaçãoLoubna al-Hussein, julgada por usarcalças, não tem medo da sentença. arrisca-se a 40 chicotadas, sanção prevista pelo código penal do país. O artigo 152º determina a pena de flagelação para qualquer pessoa que se vista de forma indecente. O grande objectivo da jornalistaé precisamente suprimir a cláusula.com a divulgação da sua história, asudanesa diz ter ganho metade da batalha. Estou pronta para tudo. Não tenho medo do veredicto, afirma, citada pela revista Jeune afrique.
Loubna insiste: alguns referem a Charia para justificar a flagelação de mulherescom base novestuário. Eles que me mostrem as palavras do profeta Maomé que estipula [a sanção]. Não as encontrei. a jornalista,viúva detrinta anos, explica que milhares de raparigas e mulheres foram chicoteadas, nos últimos 20 anos. Porém, têm medo de se queixarem. Receiam que ninguém acredite nelas.
a jovem mulher não perde coragem. Quero que as pessoas saibam. Quero que as mulheres sejam ouvidas, declara. Se for condenada à flagelação ou qualquer outra coisa, irei recorrer(). até ao tribunal constitucional, se for necessário, assegura Loubna. Se o tribunal considerar que o artigo [159º] é conforme à constituição, então até poderei receber 40 mil chicotadas em vez de 40, exclamou a sudanesa.
a jornalista pretendeapresentar-se decalças na próxima audiência do julgamento que decorre a 4 de agosto, amanhã. a Charia, lei religiosa islâmica, em vigor na zona norte do Sudão, proíbe as mulheres de o fazerem.