O elevado número de casos, na capital, preocupa as autoridades. Especialistas e estudantes angolanos demonstram preocupação com o bem-estar das famílias
O elevado número de casos, na capital, preocupa as autoridades. Especialistas e estudantes angolanos demonstram preocupação com o bem-estar das famílias a socióloga angolana, Luzia dos Santos, aconselha a criação de refúgios e esquadras para a protecção das mulheres vítimas de violência doméstica. a funcionária da associação angolana da Mulher Polícia considera que muitas não denunciam os seus agressores pornão terem a quem recorrer.
as vítimas dependem, totalmente, dos seus maridos para sustentarem os seus filhos e como tal preferem ficar caladas. a existência de casas de acolhimento pode incentivá-las a mudar de atitude e agir perante a situação. a especialista refere ainda o importante papel da formação de mulheres que, na sua grande maioria, não têm nenhuma habilitação. ao apresentarem uma queixa na esquadra, são aconselhadas a resolverem o caso em família. São geralmente atendidas por homens que encaram a violência doméstica com normalidade. Quando voltam a casa, muitas vezes, são espancadas novamente e, até, mortas, denuncia Luzia dos Santos, citada pelo jornal angonotícias.
as recentes iniciativas sobre a vida em família e a violência doméstica, em angola, comprovam que o fenómeno está aganhar a atenção da sociedade. Os angolanos querem recuperar os valores perdidos com os longos anos de guerra. Vários especialistas defendem que é necessário perceber o que está na origem do problema, de forma a conseguir ultrapassá-lo.