Todos nós ” enquanto cidadãos e cristãos ” temos uma responsabilidade acrescida, a de lutar por melhores condições para que Fátima seja, de verdade, uma cidade Santuário para os residentes e peregrinos
Todos nós ” enquanto cidadãos e cristãos ” temos uma responsabilidade acrescida, a de lutar por melhores condições para que Fátima seja, de verdade, uma cidade Santuário para os residentes e peregrinosNoutros tempos, não muito distantes, havia forças políticas que advogavam que os padres – sobretudo aqueles que tinham a responsabilidade de uma paróquia – deveriam cingir-se apenas à pregação do evangelho, deixando os aspectos políticos de fora. Hoje, ainda há políticos que pensam assim, mas são mais comedidos nessa apreciação.
a Igreja em Portugal foi acusada durante o regime anterior de pactuar com o poder político, mas a verdade é que houve sempre vozes discordantes, apesar dos aspectos positivos e negativos que tal envolvia.
actualmente, o poder político – o Governo – tem uma relação com a Igreja bem diferente, limita-se a tolerar a sua existência, esquecendo o papel importante que a mesma tem para as pessoas, especialmente as mais carenciadas. a Constituição Portuguesa é prova disso.
as relações Governo – Igreja são reguladas pela Concordata, documento já negociado e revisto há anos, mas que o Estado Português ainda não promulgou, o que está a dificultar muito o trabalho da Igreja.
Contudo, interessa-nos agora analisar o caso de Fátima. Estamos em período de eleições autárquicas. Já foram apresentados os candidatos e as equipas dos diversos partidos que pretendem gerir esta cidade de Fátima, assim como o concelho de Ourém.
Não temos a pretensão de avaliar as diferentes propostas dos diversos partidos concorrentes, mas entendemos alvitrar algumas sugestões, sem indicar qualquer sentido de voto.
Há necessidade que todos nós, leigos e consagrados, tenhamos uma posição firme e consciente em relação à política. afinal, a política é uma forma de gestão colectiva.
São os políticos em quem nós votamos que irão gerir esta cidade, teremos que olhar para o passado recente e avaliar a sua postura, como desenvolveram ou não, as condições necessárias para que esta terra proporcione as condições adequadas para os residentes, mas principalmente para os visitantes.
Lamentavelmente, o trabalho dos responsáveis autárquicos não teve nota positiva nos últimos anos. Poderia citar muitos exemplos, mas penso não ser necessário.
Se Fátima dispõe de algumas condições de acolhimento aos peregrinos, deve-se essencialmente à forma como o Santuário de Fátima tem gerido a sua acção, criando essas condições e colmatando assim um trabalho e uma responsabilidade dos responsáveis autárquicos.
Em relação ao desenvolvimento da urbe, basta olhar para o que não está feito, embora algumas coisas já tenham sido prometidas repetidamente ao longo do tempo.
O concelho de Ourém precisa de políticos sérios e responsáveis para desenvolver o concelho, mas sobretudo Fátima, que é a sua galinha dos ovos de ouro.