Um grupo de católicos quer conhecer as propostas de cada partido que concorrem às eleições legislativas. Enviaram uma carta a todos os partidos políticos e esperam resposta
Um grupo de católicos quer conhecer as propostas de cada partido que concorrem às eleições legislativas. Enviaram uma carta a todos os partidos políticos e esperam respostaaté final de agosto, é este o período limite que o grupo de mais de 60 subscritores dá aos partidos que concorrem às eleições legislativas de 27 de Setembro, para que lhes seja dada resposta à missiva enviada. Os católicos querem conhecer as propostas concretas em diversas matérias para o eleitor cristão não trair a sua consciência no acto de votar.
Combate à corrupção, carências na saúde e na justiça, protecção dos desempregados, segurança, situação dos imigrantes e minorias, respeito pela iniciativa pessoal e privada, promoção dos direitos humanos, defesa da família e respeito pela vida humana são algumas das questões consideradas essenciais pelo grupo.
a carta aberta é um contributo para que as opções dos partidos sejam mais transparentes sobre matérias de grande importância para todos os cidadãos e não só para os católicos, afirmou ao Público, o porta-voz do grupo. Mário Pinto defende que o documento servirá para os eleitores fazerem as suas escolhas, escolhendo uns e recusando outros.
Votar em liberdade de consciência tranquila é assinado por personalidades como os antigos ministros Bagão Félix e Roberto Carneiro, o médico Gentil Martins, o professor universitário Fausto Quadros, a advogada Isilda Pegado ou o economista João César das Neves. Braga da Cruz, reitor da Católica, antónio Pinheiro Torres, advogado e da Federação Portuguesa pela Vida, e a deputada independente Matilde Sousa Franco, eleita pelo PS, são outros dos subscritores. a carta contém algumas das ideias já defendidas na Nota Pastoral de abril, da Conferência Episcopal Portuguesa, com o título O direito e o dever de votar.