Ex-líder cubano e presidente venezuelano manifestaram-se contra o golpe de estado em Honduras. Roberto Micheletti, presidente em funções, mantém a sua posição
Ex-líder cubano e presidente venezuelano manifestaram-se contra o golpe de estado em Honduras. Roberto Micheletti, presidente em funções, mantém a sua posiçãoHugo Chávez,chefe de estadovenezuelano,tem apoiado o presidente deposto, Manuel Zelaya, desde da sua expulsão. O líder disponibilizou uma aeronave para que o presidente legítimo de Honduras pudesse regressar ao país. Reprovou as negociações, iniciadas na semana passada, entre RobertoMicheletti [que assumiu as funções de presidente sem haver eleições] e ManuelZelaya. Ochefe de estado daVenezuela considerou que o presidente norte-americano, Barack Obama, não deveria ter apoiado asconversações, em que uma das partes é um usurpador, divulga o jornal digital Portugal Diário.
Por seu lado, Fidel Castro julga que os últimos acontecimentos políticos, em Honduras, podem incentivar outros golpes de estado na américa Latina e trazer instabilidade e violência à vida das populações. O antigo dirigente cubano encara a tentativa de diálogoentre os dois líderes de Honduras, uma armadilha e humilhação para o presidente expulso. Zelaya sabe que não é apenas a Constituição de Honduras que está em jogo, mas o direito dos povos da américa Latina a escolher os seus dirigentes, defendeu Fidel Castro, numa carta, citada pela mesma fonte.
Roberto Micheletti respondeu às críticas do venezuelano caracterizando-o como um inimigo da democracia. Só queremos dizer-lhe que vamos esquecer qualquer ataque, especialmente de um senhor que nós sabemos ser um inimigo da democracia, um inimigo do nosso país agora que temos um novo sistema político, foram as palavras do presidente eleito pelo parlamento, recentemente.
Roberto Micheletti declarou, a 12 de Julho (ontem), que as eleições presidenciais serão celebradas antes de 29 de Novembro, como estaria previsto, avança o jornal espanhol El País. Reafirmou a sua posição,opondo-se firmemente ao retorno do presidente eleito pelo povo, a não ser perante a justiça. Declarou que, em nenhuma circunstância, Zelayaretomaria o poder em Honduras.