Um reconhecido antropólogo brasileiro contesta o projecto de construção dos muros. Seria preferível desenvolver projectos que melhorassem a situação das favelas, diz o mesmo
Um reconhecido antropólogo brasileiro contesta o projecto de construção dos muros. Seria preferível desenvolver projectos que melhorassem a situação das favelas, diz o mesmo É a expressão concreta da mais completa alergia à igualdade como um ideal político , considera Roberto da Matta, sobre a construção de muros envolventes às favelas do Rio de Janeiro, no Brasil. O antropólogo, citado pela SIC, compara os cinturões de betão ao muro de Berlim, na alemanha. O objectivo é impedir o avanço de áreas pobres.
Para próxima semana, prevê-se a construção de três quilómetros de muro junto à favela da Rocinha, considerada a maior da américa Latina. O projecto aponta para a construção de 11 quilómetros de paredões num mínimo de dez favelas brasileiras. O orçamento previsto é de 13 milhões de euros.
Da Matta defende que deveria haver projectos capazes de resolver esse estilo de moradia , em vez de procederem a essas construções. Situa a nossa tão estuprada natureza… , muito mais do que política, que temos com os que são sistematicamente inferiorizados e estigmatizados pela nossa sociedade , critica o antropólogo.