«Eis o homem, na tristeza do pecado, no drama do sofrimento injusto, vítima de injustiça e violência; eis o homem para quem renasce a esperança de recuperar a sua grandeza e a sua dignidade»«Eis o homem, na tristeza do pecado, no drama do sofrimento injusto, vítima de injustiça e violência; eis o homem para quem renasce a esperança de recuperar a sua grandeza e a sua dignidade»O rosto doloroso do Senhor revela-nos o mistério do homem, afirmou o cardeal patriarca de Lisboa durante a homilia da Paixão do Senhor. além do drama do pecado, aponta-nos o sentido do sofrimento humano.como não contemplar naquele rosto, todos os rostos humanos marcados pela dor, ultrajados pela injustiça, desfigurados pela miséria, vilipendiados pelo ultraje à sua dignidade?, questionou.
José Policarpo lembra que ao contemplar o rosto doloroso do Senhor, somos envolvidos por um mistério: como é possível viver ao mesmo tempo o horror do sofrimento e a alegria da intimidade amorosa com Deus, que se exprime, não apesar da dor, mas na própria dor?. O purpurado citou João Paulo II com dois testemunhos de santos (Santa Catarina de Sena e Teresa de Lisieux). O Papa dizia não ser raro terem os santos vivido algo que se assemelha à experiência de Jesus na Cruz, num misto paradoxal de beatitude e dor.
Na homilia sobre O rosto doloroso de Cristo, o bispo de Lisboa sublinhou que sem a intimidade filial com Deus, este olhar dramático sobre o pecado não seria humanamente suportável. O rosto de Jesus define o verdadeiro drama do pecado, e abre, também, o coração à alegria da redenção, à glória que o povo dos redimidos há-de prestar à Santíssima Trindade.