“é possível viver com serenidade” mesmo depois de se perder um filho, afirmou Emí­lia agostinho. Dirige uma associação de apoio aos pais que sofrem por ver partir quem mais amam
“é possível viver com serenidade” mesmo depois de se perder um filho, afirmou Emí­lia agostinho. Dirige uma associação de apoio aos pais que sofrem por ver partir quem mais amamEmília agostinho, Presidente da associação de Pais em Luto, esteve, ontem, presente na Grande Entrevista, para falar sobre a sua experiência com pais que perderam, precocemente, os seus filhos. Na entrevista com Judite Sousa, Emília agostinho, começou por contar a sua própria história. Viu partir o filho com sete anos de idade, num acidente de viação.
Fiquei com a vida, completamente, virada ao contrário começa explicando que, perante a morte de um filho, todos os pais querem partir para junto dele, achando que a vida já não vale a pena. Na época, foram as palavras do pai que a ajudaram, explica ela, referindo-se à importância da família. Temos que ter a força de seguir em frente insiste Emília agostinho. Diz que o luto é feito por vários momentos, dependendo de cada pessoa. Nestas circunstâncias, os pais tendem a culpabilizar-se. Porém, quando a culpa é verdadeira o processo de luto é mais longo.
No entanto, é possível viver com serenidade. É o que tentamos transmitiresta esperança, afirma a Presidente da associação de Pais em Luto. a entrevista contou, ainda, com o testemunho do seu pai. artur agostinho recordou que no início, não tolerava que falassem do seu neto, mas que agora dá-lhe prazer falar nele. a morte de um filho é um parto ao contrário, concordou em dizera entrevistada, explicando que ele acaba por voltar para dentro.