«O tempo chegou ao seu termo, o Reino de Deus está próximo. arrependei-vos e acreditai na Boa Nova». Palavra da Salvação
«O tempo chegou ao seu termo, o Reino de Deus está próximo. arrependei-vos e acreditai na Boa Nova». Palavra da SalvaçãoImediatamente depois do Baptismo de Jesus no Rio Jordão por João Baptista, o Espírito impele Jesus para o deserto, onde permanece 40 dias, tentado por Satanás. Vive com os animais selvagens, e os anjos vêm servi-l’O: Uma palavra de Deus plena de significado em que muito proveitoso nos seria meditar. Quer dizer, que o ministério da pregação da salvação que Jesus vai em breve começar, inicia com uma dura prova que Ele quis atravessar: as tentações por Satanás no deserto.
Pergunta lógica: Porque quis Cristo ir para o deserto e ser tentado? No deserto vive-se na solidão. Estamos tão habituados ao barulho que, continuamente, se faz à nossa volta, à barulheira infernal dentro de nós, que muitas vezes não vemos a necessidade de nos recolhermos para melhor nos estudarmos e melhor conhecermos as nossas capacidades. Na quaresma, que bom se vivermos algum tempo cada dia a sós connosco próprios, a sós com Deus! Olharmo-nos ao espelho, ver quem somos, que fazemos e como o fazemos. O deserto interior de cada um de nós é uma das melhores maneiras de concretizarmos a ideia que Deus fez de nós ao criar-nos.
Jesus caminha pelo deserto, experimenta a falta de tantas comodidades que a vida nos dá numa habitação regular. Jesus admira a criação, vive com os animais selvagens, tal como adão e Eva no Jardim do Éden. Dorme nalguma caverna para evitar o pior do frio. acouta-se debaixo de alguma pequena árvore para evitar o calor intenso. E medita. E louva, dá glória ao Pai que, no Baptismo no Jordão O declarara: Seu Filho muito amado. Sem dúvida, no seu contacto íntimo com o Pai, falam da salvação que Jesus vai produzir para a humanidade.
Satanás tenta o Senhor. Jesus rejeita todas as tentações, usando sempre a Palavra de Deus expressa nas Escrituras. Esta sua maneira de agir é um ensinamento prioritário para nós que somos tão tentados tantas vezes, nós que, por vezes, não sabemos como reagir. Mesmo nas suas tentações no deserto, Cristo é mestre, é o nosso Mestre.
ao fim da sua quaresma-prova, Cristo volta à civilização e imerge-se imediatamente na sua vocação de Salvador. Os cristãos que vivem a sua quaresma em profundidade, terão depois mais garra, mais genica para proclamar a todo o mundo a Palavra da Salvação. O Espírito empurra Jesus para o deserto logo depois da Baptismo. Nós, depois de recebermos o Espírito no Baptismo, gostaríamos de viver uma vida amena e serena. Mas o deserto está sempre à nossa espera. Temos de estudar como Cristo viveu no deserto e nele se preparou para proclamar ao mundo o amor salvífico da Santíssima Trindade.
Durante esta quaresma, até poderíamos, cada dia, meditar num aspecto particular da vida de Jesus no deserto, como a sua convivência com os animais selvagens, a sua profunda união ao Pai, as tentações por Ele sofridas, as suas caminhadas… arrependermo-nos, acreditar, e depois, e sempre, proclamarmos ao mundo a Boa Nova da Salvação.