No meio do escândalo de um assassinato em série, levantam-se vozes que apelam ao regresso à pena capital, que não tem sido aplicada nos últimos anos
No meio do escândalo de um assassinato em série, levantam-se vozes que apelam ao regresso à pena capital, que não tem sido aplicada nos últimos anosEm 2007, a amnistia Internacional classificou a Coreia do Sul como um país que não pratica a pena de morte, se bem que não tenha sido abolida no país. Tal deve-se ao facto de, nos últimos 12 anos, não ter sido executado nenhum condenado à pena capital. a última vez que esta foi aplicada remonta a 20 de Dezembro de 1997, quando foram executadas 23 pessoas.
actualmente, 58 reclusos condenados à morte esperam, em teoria, o dia da sua execução. Há também 19 que viram a pena capital comutada em prisão perpétua. Porém, este cenário pode mudar por causa de Kang Ho-Soon, o mais recente assassino em série que admitiu ter morto sete mulheres. De facto, muitos clamam pela sua morte.
Um dos mais famosos assassinos acusados de vários crimes, Yoo Young-Chul, foi condenado à pena de morte em 2005 por ter morto, esquartejado e enterrado os corpos de 20 pessoas. Um funcionário do Ministério da Justiça afirmou: No passado, a opinião pública exigiu a pena de morte para assassinos em série, mas tal não foi suficiente para contrariar a tendência mundial da abolição da mesma. Creio que este último caso não será suficiente para mudar o actual sistema de penalização criminal.
Os apoiantes desta visão do Ministério apontam para o aumento do número de países que rejeitam a pena de morte, bem como a possibilidade de erro e o valor da vida humana. Por outro lado, os defensores da pena de morte insistem que os direitos das pessoas inocentes devem ser prioritários. Mais ainda: estatísticas criminais revelam que os assassínios aumentaram em 32 por cento nos últimos 10 anos. alguns dizem que o governo deveria deixar de esbanjar o dinheiro dos contribuintes com o adiamento indeterminado da execução dos condenados à morte. Neste contexto de disputa, o Tribunal Constitucional decidiu discutir sobre o assunto a partir do próximo mês de Junho.