Ouvi esta frase há algum tempo, certamente muita gente já a repetiu e merece uma reflexão cuidada
Ouvi esta frase há algum tempo, certamente muita gente já a repetiu e merece uma reflexão cuidadaPor estranho que pareça, esta frase foi proferida por um político. Isso não teria nada de especial, não fosse o caso de quem a emitiu ter por hábito não respeitar aqueles que o rodeiam e muito menos os outros.
É sintomático que até aqueles que falam na necessidade de respeitar o próximo não sigam esse caminho, perante isso, o que poderemos exigir dos que não falam e por vezes, nem sequer procuram saber o que representa?
Vivemos numa sociedade consumista onde os valores são precários e na qual impera o egoísmo individual, mas o que o torna mais execrável é quando passa a egocentrismo, sendo muitas vezes exercido no colectivo.
Vejamos o exemplo da guerra que opõe israelitas e palestinianos praticamente desde o início da formação do Estado de Israel em 1948, sob a égide da Organização das Nações Unidas (ONU).
O Estado de Israel recebeu indivíduos provenientes de quase todas as nações, dado que o povo judeu permaneceu errante desde a sua expulsão de Jerusalém, destruída pelo imperador romano Tito, no ano 70 d. C.
aquela organização internacional de Estados decidiu conceder ao povo judeu, uma terra, aquela que outrora fora deles, mas que ao longo de centenas de anos foi ocupada pelos árabes, nomeadamente os Palestinos que então – e ainda hoje -consideram aquele território como seu.
Para o Islão é a terceira cidade mais importante depois de Meca e Medina, enquanto que, para Israel, é considerada a terra prometida por Deus aos hebreus e é o berço da religião e da cultura judaica desde o séc. XVII a. C.
Para além de ser o único estado judeu em todo o mundo, é uma república parlamentar, mas rodeada por países hostis de regime político diferente.
Esta guerra é um problema político, mas também religioso grave, devendo-se essencialmente à falta de respeito entre Estados e Povos da região e não só.
Essa incongruência degenerou numa guerra quase permanente ao longo de mais de 50 anos, que tem feito inúmeras vítimas e causado graves problemas de toda a ordem.
Há uma enorme falta de respeito na convivência entre os Estados, destes com os cidadãos e vice-versa, o que leva a sociedade a seguir o mesmo exemplo, apesar de o verberar.
a falta de respeito entre os cidadãos está na origem do mal que é infligido diariamente a cada um de nós, sobretudo por aqueles que detêm algum poder, seja político, social ou qualquer outro. Normalmente ao respeito está associado o dever, mas a maior parte daqueles que exercem algum poder, fingem desconhecer as suas obrigações.
Não entremos por esse caminho, o respeito é uma cadeia que poderá unir as pessoas e ajudá-las a encarar a vida com mais optimismo e isso é tão importante para os dias difíceis que atravessamos. Mas se não formos capazes de o encarar desta forma, será bom lembrar-nos que respeitar os outros é o primeiro passo para que eles nos possam respeitar.