Na abertura do evento, a festa fez-se numa “grande caminhada” pelas ruas da capital paraense. Mas ninguém arredou pé
Na abertura do evento, a festa fez-se numa “grande caminhada” pelas ruas da capital paraense. Mas ninguém arredou péO céu desabou sobre Belém do Pará na abertura do Fórum Social Mundial, quando os quase 100 mil participantes desfilaram pelas ruas do Cais do Porto à Praça do Operário, onde os povos indígenas dirigiram a festa final.
Sob uma bandeira enorme contra o trabalho escravo, muitos ajudaram a subir o pano para abrigar todos os que procuravam proteger-se da água que caía aos magotes. ali debaixo nascia uma confraternização informal. Outros, muitos outros, optaram por seguir caminho com a festa a acontecer à chuva – dança, cantigas, palavras de ordem, cartazes que iam da pequena reivindicação de um bairro ou de uma cidade até à quase utopia da aldeia da paz.
Partidos políticos, comissões locais, sindicatos, movimentos internacionais, organizações religiosas, representantes de povos indígenas, grupos de animação cultural ou manifestantes isolados com pedidos particulares, velhos e novos, a polícia à margem, todos cabiam no desfile, todos cabem no Fórum.
Esta quarta-feira arrancam os debates e as sessões temáticas nos dois espaços nobres do Fórum – a Universidade Federal e a Universidade Rural. Mas, como se orgulham as autoridades, todo o Pará é território do Fórum Social Mundial. a chuva há-de voltar, à tarde.