900 participantes no III Congresso de Teologia e Libertação, a decorrer em Belém. Brasil, de 21 a 25 de Janeiro, escutaram o conhecido teólogo brasileiro Leonardo Boff
900 participantes no III Congresso de Teologia e Libertação, a decorrer em Belém. Brasil, de 21 a 25 de Janeiro, escutaram o conhecido teólogo brasileiro Leonardo BoffDurante mais de uma hora, Leonardo Boff leu uma conferência sobre o tema Água, terra, teologia: rumo a um paradigma ecológico, num tom algo monótono, quebrado por alguns raros rasgos de humor. Numa linguagem simples, o teólogo, suspenso do ensino da Teologia por Roma, explicou que assim como estamos, não podemos continuar, sob pena de irmos ao encontro de situações dramáticas. a relação do homem com a natureza a sua casa, o planeta, não pode continuar como está. É fundamental sabermos o que queremos para o nosso planeta terra.
a terra é mais forte que nós. Não temos a chance de ganhar a guerra, explicou Leonardo Boff. Precisamos de um novo paradigma de vida sobre a terra. E acrescentou: O homem é um elo da corrente da vida. Durante quase toda a sua longa conferência, o teólogo apresentou os desafios que se colocam ao homem na hora actual. Dramatizando o seu discurso, apresentou diversos tipos de ecologia.
Debitando números e ideias, o teólogo repetiu conceitos que são familiares aos seus habituais ouvintes sobre os graves problemas que a humanidade actual enfrenta. Quem esperava novidades na reflexão, terá sentido alguma frustração. a relação entre a terra e a teologia foi abordada de maneira leve e muito veloz. O que havia antes do antes, interrogou-se o teólogo. Não sabemos, respondeu. O que podemos dizer é que antes havia o inefável, o mistério, que criou o pontinho que acabou por explodir. E acrescentou: as religiões têm a coragem de tocar essa realidade e chamar-lhe Deus. E terminou explicando que o homem deve dominar a criação como Deus a domina. Essa é a nossa responsabilidade.