Nesta crise do sistema civilizacional, «em vez do bezerro de ouro, temos de pôr, em primeiro lugar, a pessoa humana»
Nesta crise do sistema civilizacional, «em vez do bezerro de ouro, temos de pôr, em primeiro lugar, a pessoa humana»O presidente do Tribunal de Contas alertou para o cuidado que é necessário os empregadores terem quando despedem alguém. Vemos uma onda de aproveitamento no que se refere ao emprego, afirmou durante a conferência da manhã, no IX Encontro de animadores sócio-pastorais das migrações que decorre em Fátima.
Guilherme d’Oliveira Martins considera que, em muitos casos, há um aproveitar este momento (de crise) para não assumir as responsabilidades sociais. Perante isto a sociedade tem de estar atenta, alvitrou.
Para o responsável pelo Tribunal de Contas quando se lança alguém no desemprego, é preciso pensar nas consequências disso, nomeadamente, as humanas e económicas. E há a tentação de não se tirar as ilações certas e de agravar as situações de fragmentação, frisou.
Para ultrapassar a crise, Guilherme d’Oliveira Martins aconselha a que os investimentos públicos devam ser feitos, não pondo em causa as gerações futuras. Mais, não podemos pensar, apenas em nós próprios, mas também nos nossos filhos e netos, adianta o socialista.
Para este responsável não podemos estar a agravar a conta dos nossos filhos e netos. Torna-se necessário adequar os nosso hábitos e comportamentos à riqueza que temos e abandonar a lógica da ilusão, apontou.
Guilherme d’Oliveira Martins diz que esta sociedade da mobilidade tem de criar riqueza, e viver tendo em conta essa mesma riqueza produzida. Não podemos viver acima das nossas possibilidades, sustenta. Este responsável sublinha, ainda, a necessidade de coordenação de medidas económicas já que falhámos na regulação, mas é necessário combater a perversão económica.
a nova atitude tem que partir do reconhecimento da importância do respeito pelo outro em que a responsabilidade social venha ao de cima, afirmou o presidente do Tribunal de Contas durante a conferência sobre os Efeitos da crise económica nos fenómenos migratórios. Guilherme d’Oliveira Martins assinalou que não é a crise do costume, aquela que se vive actualmente.
Trata-se de uma crise financeira que, teve início nos Estados Unidos da américa, e foi alastrando por toda a Europa. Um dos outros problemas, apontou o responsável, é que se viveu numa economia de casino em que em vez de se criar riqueza, estava a criar-se ilusão de riqueza.