a Igreja luta por justiça social para crentes ou não. O Estado tem o dever de proporcionar ao cidadão esse direito
a Igreja luta por justiça social para crentes ou não. O Estado tem o dever de proporcionar ao cidadão esse direitoFalar sobre desemprego em Portugal é mais fácil de que sentir a enorme gravidade que representa para pessoas e famílias por ele atingidas.
a economia é global, o desemprego é uma chaga que atinge não apenas o nosso país, mas também a Europa e o Mundo.
Cabe aos responsáveis de cada país o exercício de uma gestão sensata e equilibrada no seu todo, tendo como vertente importante o apoio social, sobretudo aos mais desfavorecidos.
No entanto, são poucos os governantes que têm sensibilidade para este problema agudo que penaliza inúmeros cidadãos e cria uma desordem individual e social extremamente danosa.
Na política, é considerado por muitos, que a filosofia socialista é defensora de uma economia voltada para os mais fracos. Puro engano. Para aceitarmos essa teoria, seria necessário voltar aos primórdios e tentar descortinar qual o tipo de ideologia que efectivamente o assumiu e praticou. É um desafio que deixo aos estudiosos da filosofia e economia de mercado.
O socialismo tem tantas vertentes quantos os interesses de grupos e pessoas que o defendem. Basta olhar para os regimes de pendor comunista que tiveram a sua origem em Karl Max e a sua evolução ao longo dos tempos.
Em Portugal, o desemprego está a atingir números impensáveis até agora. Os números oficiais apontam para 400. 000 desempregados, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), mas o número real é calculado em meio milhão de portugueses.
Destes, há muitos que têm responsabilidades familiares, com filhos ou outros dependentes, mas quase todos com encargos normais desde a alimentação, passando pela habitação e tantas outras despesas diárias ou mensais.
É admitido que o Estado, na pessoa dos seus governantes, harmonize os interesses próprios e conceda aos detentores do capital as condições de desenvolvimento adequadas, mas sem prejudicar aqueles que não têm acesso a ele. É um princípio elementar de justiça, não apenas social, mas também humanitária.
Os governantes foram eleitos pelo povo e como tal, representam-no, e por isso é sua obrigação defender os interesses daqueles que os elegeram e não grupos ou pessoas que se sobrepõem a tudo e a todos.
Constatando as irregularidades praticadas por gestores de empresas e serviços estatais ou outras, cujas consequências irão ser suportadas pelo povo português, pergunto a mim próprio se os mais elementares direitos desta população estão a ser respeitados. Tenho sérias dúvidas sobre isso.
O desemprego é consequência de uma má gestão e não apenas da conjuntura económica que vivemos, por isso, devemos exigir que quem detém o controlo económico deste país não se exima das suas responsabilidades, independentemente das suas cores partidárias.