Devem ser intensificadas as medidas para ajudar as vítimas dos conflitos, em número crescente, que não recebem a atenção da comunicação social e dos governos
Devem ser intensificadas as medidas para ajudar as vítimas dos conflitos, em número crescente, que não recebem a atenção da comunicação social e dos governos a guerra na República Democrática do Congo (RDC) ocupou por instantes as primeiras páginas dos jornais e as aberturas dos noticiários. Hoje – com a grave crise no Médio Oriente, depois da invasão de Gaza – o tema está esquecido no interior das páginas dos diários e no alinhamento de telejornais. Mas mesmo este país vive o dilema de só merecer atenção pelo conflito do Kivu do Norte.
afinal, nota o alto comissário para os Refugiados, a RDC não é apenas o Kivu do Norte. antónio Guterres recordou ao Conselho de Segurança que uma parte significativa da deslocação da população e violações dos direitos, em particular contra mulheres e crianças, estão a ocorrer noutras partes deste enorme país africano.
De seis em seis meses, o número de pessoas que morrem desnecessariamente no país como resultado de conflitos armados e de privações materiais é equivalente ao número de pessoas mortas pelo tsunami asiático de 2004, exemplificou Guterres.
Por isto, o alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (aCNUR) pediu esta sexta-feira que sejam intensificadas as medidas para ajudar as vítimas dos conflitos, em número crescente em todo o mundo, que não recebem a atenção internacional porque não se acredita que estas guerras afectem a segurança mundial.
Ou seja, de acordo com a ideia de Guterres, deve prestar-se mais atenção aos conflitos não noticiados, os que não fazem as parangonas. Para que silenciosas catástrofes humanitárias ocorram.