No sétimo aniversário da chegada dos primeiros presos a Guantanamo – 11 de Janeiro -, a amnistia Internacional apela a Barack Obama para que ponha fim às violações dos Direitos Humanos naquela prisão
No sétimo aniversário da chegada dos primeiros presos a Guantanamo – 11 de Janeiro -, a amnistia Internacional apela a Barack Obama para que ponha fim às violações dos Direitos Humanos naquela prisão a amnistia Internacional (aI) pediu ao presidente eleito dos Estados Unidos para fixar a data de encerramento da prisão de Guantanamo. Trata-se de pôr fim às violações dos Direitos Humanos contra os detidos suspeitos de ligações ao terrorismo que marcaram as políticas e práticas anti-terroristas dos Estados Unidos nos últimos sete anos.
a organização internacional pede a Obama que apoie a criação de uma comissão independente de investigação das alegadas violações dos Direitos Humanos cometidas pelos Estados Unidos (EUa). a prestação de contas dos abusos cometidos será um sinal da mudança da política anti-terrorista dos EUa. a questão de Guantanamo pode ser o início de uma clara ruptura com as políticas de detenção do passado, que só pode ser feita se os Estados Unidos cumprirem plenamente as obrigações internacionais que contrairam, afirma a secretária-geral da aI, Irene Khan.
a dirigente da aI vincou que a decisão deve incluir um plano detalhado para o futuro dos detidos. além disso, o encerramento de Guantanamo deve incluir o abandono imediato dos julgamentos por comissões militares. Qualquer julgamento futuro deve decorrer nos tribunais civis comuns. Os detidos que estejam impedidos de regressar ao seu país por receio de perseguições ou tortura necessitam de protecção humanitária. Vários países, entre os quais Portugal e alemanha, manifestaram o seu apoio à ideia de aceitar detidos de Guantanamo. a União Europeia está a debater a adopção de um quadro de acção comum.
a aI pede a Barack Obama que durante os seus primeiros 100 dias no cargo empreenda reformas concretas em matéria de Direitos Humanos. a organização pede também um decreto presidencial que proíba a tortura e outros maus-tratos, como define o Direito Internacional. Solicita a criação de uma comissão independente que investigue os alegados abusos cometidos pelo governo norte-americano na sua guerra contra o terrorismo.