Não se nasce cristão, apenas ser humano. Ser cristão é uma forma de viver a vida que se adquire e cultiva
Não se nasce cristão, apenas ser humano. Ser cristão é uma forma de viver a vida que se adquire e cultivaParece algo controverso, mas a realidade mostra-nos que não. O desejo de ser cristão surge a partir da vontade de alguém, normalmente dos pais que têm fé e pedem a bênção e confirmação do Senhor através do Baptismo.
Há casos em que o ser cristão já é por vontade própria, ou seja, é uma opção que um adulto toma em função dos conhecimentos adquiridos ou até de modelos de vida que teve oportunidade de conhecer e o impeliram para o cristianismo.
Não vamos argumentar que será melhor de uma forma ou de outra, embora seja discutível, preferimos constatar que qualquer dos meios é bom.
Viver como e enquanto cristão torna-se um enorme desafio de vida, exige uma procura constante da perfeição, algo tão difícil de adquirir e aperfeiçoar, nomeadamente pela necessidade que constitui o sacrifício quase permanente do nosso ego em função dos outros.
Cultivar o cristianismo é como cuidar de uma árvore fruteira desde o seu plantio, passando todas as fases de crescimento e maturação, dando lugar ao fruto da fé que deve ser colhido e repartido pelos outros.
É mais fácil cumprir o primeiro mandamento que é amar a Deus – porque não o vimos, embora possamos sentir os sinais da Sua presença – que amar o próximo que connosco reparte a vivência na terra.
Pois como o Senhor disse, Ele está representado naqueles que nos rodeiam, perto ou longe, a Sua imagem e presença está neles. Naqueles que passam privações de alimento, agasalho, nos que não têm uma mão ou conselho amigo.
Ser cristão de corpo inteiro nesta sociedade de consumo e egoísta, é percorrer a via estreita de um caminho que serpenteia a montanha e onde ao mais pequeno descuido, podemos resvalar no abismo da miséria humana.
Um verdadeiro cristão tem de ser amigo do seu inimigo, coisa tão difícil de compreender, quanto mais de por em prática, por isso mesmo é amargo.
afinal, onde está o doce amargo de ser cristão? Na verdade não existe, pois o que temos é uma dificuldade tremenda em nos afirmarmos como cristãos autênticos, muitas vezes rodeados por uma sociedade hostil e materialista, onde os valores morais apenas são visíveis ao fundo do túnel.
Numa sociedade onde campeia a falta de valores, temos que ser nós a dar testemunho de uma vida limpa, honesta e de verdadeiro amor em prole daqueles que nos rodeiam, especialmente os que mais necessitam.
Temos de assumir que somos a candeia que vai à frente e para a qual todos olham à espera de encontrar o caminho que o Mundo lhes esconde, não defraudemos aqueles que de nós esperam o exemplo de vida autêntica a caminho de um lugar sereno e aprazível.