O novo ano não podia ter começado de pior maneira para os países de África. E, em particular, para os países que estão em conflito
O novo ano não podia ter começado de pior maneira para os países de África. E, em particular, para os países que estão em conflitoJá pela contingência política e diplomática estes conflitos estavam esquecidos. agora, com o recrudescer do conflito israelo-palestiniano, a guerra dos pobres corre o risco de nunca mais ser mencionada a não ser por uma complacência permissiva. a preocupação mundial parece estar virada para o Médio Oriente. O peso político de Israel absorveu todas as atenções possíveis. O Ocidente está mais preocupado com este conflito porque sabe que a sua má gestão pode ter uma consequência directa para as suas portas. Isto é, pode ser um pretexto para que o terror volte a fazer ruir a frágil segurança das fronteiras europeias.
as guerras de África não têm um impacto negativo directo na segurança europeia e americana. Quanto muito podem influir na economia de Ocidente, mas não na sua segurança como é o caso dos conflitos do Médio Oriente. a República Democrática do Congo passou o fim de ano debaixo de massacre, mas o mundo pouco ou nada disse ou sabe. Este cenário corre o risco de perdurar se se mantiver a crise israelo-palestiniano.
Estamos quase a voltar a viver o drama de Ruanda, quando a informação de festival de CaN suplantou de modo cúmplice a informação sobre o massacre dos inocentes. É a sorte dos fracos. E, talvez, o destino daqueles que nunca querem aprender a fazer política.