Ir mais além, é o desafio contido na «Carta do Quénia» que servirá de fio de condutor para a meditação do encontro de Taizé em Bruxelas
Ir mais além, é o desafio contido na «Carta do Quénia» que servirá de fio de condutor para a meditação do encontro de Taizé em BruxelasSão esperados 40 mil jovens, vindos de toda a Europa. Para este encontro, o irmão alois, da comunidade de Taizé oferece uma proposta de reflexão. Trata-se da Carta do Quénia que serviu de ponto de partida para o encontro de Nairoibi, Quénia, e que juntou 7. 000 jovens.
Deus está em nós, mas está também à nossa frente. Ele acolhe-nos tal como nós somos, mas também nos leva para além de nós próprios. Por vezes, vem perturbar a nossa vida, alterar os nossos planos e os nossos projectos, escreve o irmão alois. E a grande revelação é que Deus está presente em cada pessoa, crente ou não-crente.
Os jovens são desafiados a fazer um pouco mais, no aprofundamento da fé. Há muitos jovens que se sentem isolados na sua caminhada interior. Quando dois ou três se juntam, podem ajudar-se ­mutuamente, partilhar e rezar juntos, mesmo com aqueles que se acham mais próximos da dúvida do que da fé, escreve.
O superior de Taizé assinala que é indispensável procurar um sentido profundo para a vida. Perante o desalento e a desorientação de muitas pessoas, surge a pergunta: de que fonte vivemos nós?. Na sociedade actual, aqueles que não encontram esta fonte são mais numerosos hoje do que noutros tempos. até o nome de Deus está sobrecarregado de mal-entendidos ou completamente esquecido. Será que há uma relação entre este apagamento da fé e a perda do gosto de viver?, questiona ainda.
Já foram recebidas muitas mensagens de apoio e de esperança para este 31º encontro, etapa da Peregrinação de Confiança através da Terra. Para a construção de uma Europa de confiança, o monge propõe aos participantes superar o risco da indiferença, que cresce nas sociedades, especialmente para com os mais frágeis.
O irmão alois faz referência à solidão, aos conflitos, à pobreza e à injustiça, os imigrantes, os que sofrem e são maltratados como campo de missão para os jovens. Onde quer que estejamos, procuremos, sozinhos ou em pequenos grupos, realizar gestos junto de pessoas que sofrem, defende.