alarmado com o anúncio do Presidente Mugabe de que o surto da doença tinha acabado, Ki-moon contrariou estas observações. “Os relatórios são alarmantes”
alarmado com o anúncio do Presidente Mugabe de que o surto da doença tinha acabado, Ki-moon contrariou estas observações. “Os relatórios são alarmantes” a epidemia de cólera no Zimbabué está longe de ter fim, avisou esta sexta-feira o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, depois da intervenção quase anedótica – mas trágica – do Presidente do país, Robert Mugabe, em que este dava como acabado o surto da doença, referindo os médicos zimbabueanos e a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Ki-moon insistiu que o pior surto de cólera na história do Zimbabué não foi debelado, ao contrário das observações de Mugabe, enquanto que as agências das Nações Unidas apelaram a mais fundos para fazer face à crise e aos efeitos de colapso dos serviços sociais.
De acordo com imagens televisivas divulgadas na quinta-feira, Robert Mugabe disse que a OMS confirmou que está sob controlo um surto que matou já cerca de 800 pessoas. Não posso concordar que a epidemia de cólera esteja terminada, afirmou Ki-moon. Os relatórios que tenho vindo a receber são alarmantes, insistiu. Existem ainda muitas pessoas atingidas por esta epidemia, rematou.
Robert Mugabe tinha acusado o Ocidente, nomeadamente o Reino Unido, os EU a e o presidente em exercício da União Europeia, Nicolas Sarkozy, de quererem a guerra com o pretexto da epidemia. E depois disse-se satisfeito por poder anunciar o fim do surto. Para os zimbabueanos a realidade é outra e o fim da mortandade não se decreta assim.