No mundo em que vivemos, um mundo em que tanta gente vive em situações tristes, talvez pareça ilógica a insistência de São Paulo nas suas cartas
No mundo em que vivemos, um mundo em que tanta gente vive em situações tristes, talvez pareça ilógica a insistência de São Paulo nas suas cartasComo na 2a Leitura do terceiro Domingo de advento, para que sejamos sempre alegres. Ora o advento é uma estrada que leva direitinho a Belém, à gruta onde Deus feito homem é anunciado aos pastores como a causa da nossa alegria. E é uma alegria, esta, não reservada a certas pessoas ou nações, mas a toda a humanidade. assim disse o anjo aos pastores de Belém: anuncio-vos uma grande alegria, que será para todo o povo: Nasceu para vós um Salvador! (Luc 2,10-11). a alegria deve ser grande porque este Salvador vem anunciar a Boa Nova aos que sofrem, tratar os corações torturados, proclamar a emancipação dos cativos e a liberdade aos prisioneiros (1a Leitura, Isaías 61,1 ).
Esta salvação trazida pelo Messias será nossa se nos conservarmos longe de toda a espécie de mal(2a Leitura, 1 Tess 5,29), se tivermos a dita de irmos buscar o perdão do mal que a nossa fraqueza nos tenha levado a praticar. Sentir-nos-emos então livres da infelicidade, refeitos da tortura do coração, emancipados e libertos das prisões de tudo o que em nós é negativo aos olhos de Deus. E seremos terra boa de que Deus faz nascer as plantas, seremos jardins onde brotam as sementes da justiça e do louvor diante de todas as nações (Is 61,11). E sabemos que Deus não quer simplesmente remendar as nossas vidas, quer dar-nos um coração novo, e colocar em nós o seu próprio espírito (Eze 36,26; 37,14).
Como João Baptista, vamos também nós ser testemunhas da Luz que é Cristo diante de todas as pessoas e para além das fronteiras das nossas vidas e das nossas terras. Viveremos como enviados de Deus a todas as nações para proclamarmos os louvores do Senhor.comportando-nos desta maneira, sentiremos a alegria de sermos, para Deus, revestidos das vestes da salvação e envolvidos no manto da justiça, tal como o noivo que cinge a fronte com o diadema e a noiva que se adorna com as suas jóias (1a Leitura, Is 61,10). E avançaremos jubilosos pelo caminho da vida que nos trouxe o Menino Deus em Belém, a vida que no deserto da injustiça e da infelicidade partilharemos com todos os nossos irmãos e irmãs.