« a possível legalização da eutanásia não pode apanhar os discípulos de Jesus Cristo desprevenidos» alertou o bispo Carlos azevedo num debate sobre Direitos humanos
« a possível legalização da eutanásia não pode apanhar os discípulos de Jesus Cristo desprevenidos» alertou o bispo Carlos azevedo num debate sobre Direitos humanosO presidente da Comissão episcopal da Pastoral Social reafirmou, ontem, os princípios de defesa da vida, na palestra sobre ‘Direitos humanos e realidades actuais’ em Leiria. Carlos azevedo defendeu que não podemos dispor da vida de ninguém e que a Igreja se manifestou sempre contra acabar com a vida ainda que se trate de um doente agonizante.
O bispo auxiliar de Lisboa assinalou que a medicina não está obrigada a fazer tudo para prolongar a vida, abusivamente, do processo irreversível de morrer. O prelado considerou que também temos o direito a morrer com dignidade.
Há terapias que, com gastos enormes e perigosas – salientou o bispo – só servem para estar a evitar uma morte eminente. Nestas situações não utilizar tais terapias não equivale a falar de suicídio?, garantiu aos participantes da iniciativa da Comissão diocesana Justiça e Paz.
Lembrando casos em que se fala do direito de morrer, sendo que há já casos de eutanásia assistida noutros países, o responsável apontou para os abusos e interesses económicos por detrás desta prática. Muitas vezes esse desejo de morte reflecte uma certa angústia e falta de companhia. aí, os cristãos são chamados à compaixão.
É preciso ainda reflectir que a permissão pode desencadear um plano de eutanásia até em pessoas que estão inconscientes, referiu. O tema está lançado na sociedade mundial.