O presidente da Comissão episcopal da Pastoral Social defendeu que os direitos humanos ainda não são respeitados em todas as partes do mundo, nem na sua totalidade
O presidente da Comissão episcopal da Pastoral Social defendeu que os direitos humanos ainda não são respeitados em todas as partes do mundo, nem na sua totalidadeProcura-se a real efectividade dos direitos humanos. Tratando-se do ser humano, as conquistas nunca são absolutas nem definitivas, afirmou o bispo Carlos azevedo, um dia depois da comemoração dos 60 anos da Declaração universal dos direitos do homem.
Na sessão em Leiria, promovida pela Comissão diocesana Justiça e Paz, o prelado apontou o caso português que, também, não foge à regra. Nas prisões, há violação grave dos direitos humanos. as cadeias têm, às vezes, três presos numa cela, sem respeito nenhum pela dignidade dos presos, disse.
a distância entre a letra da Declaração e a prática existe em muitos casos e o bispo auxiliar de Lisboa refere que é preciso denunciar. Situações de guerrilha urbana (em Paris e Grécia) geram à insegurança que deve obrigar a pensar. Carlos azevedo perspectivou que a esperança da mudança política não bastará para alterar o que só o cidadão pode fazer.
Socorrendo-se de passagens da mensagem do Papa para o Dia mundial da paz de 2009, ontem, 11 de Dezembro, divulgada, e em tempo de advento, o bispo entende que a esperança é criativa porque a vida do cristão é sempre um advento. E quem chegou à declaração dos direitos humanos pode ir mais longe e vê-los cumpridos no dia-a-dia.