Um ano depois da Cimeira Europa-África e do Fórum da Sociedade Civil, a Plataforma “Eu acuso” promove um Tribunal da consciência
Um ano depois da Cimeira Europa-África e do Fórum da Sociedade Civil, a Plataforma “Eu acuso” promove um Tribunal da consciência a iniciativa inédita, senta num banco dos réus virtual o Governo, deputados e jornalistas, bem como organizações da sociedade civil. O objectivo é a avaliar se os compromissos assumidos na altura foram cumpridos.
Fátima Proença, presidente da plataforma Eu acuso’ diz que são apresentados um conjunto de documentos, que na prática são diagnósticos – área por área a vários níveis – do que foi feito e a partir do qual é produzido um conjunto de acusações que serão discutidos neste Tribunal da consciência. Migrações, objectivos do milénio, cooperação, igualdade de género, segurança alimentar, paz, governação e direitos humanos são os temas em análise.
a coordenadora da plataforma, Cláudia Pedra, defendeu em declarações ao Rádio Clube, que os Estados europeus não cumpriram as metas traçadas na cimeira União Europeia-África, nem disponibilizaram a ajuda proposta para a paz e direitos humanos no continente africano. O tribunal é presidido pelo juíz desembargador Eurico Reis e a divulgação pública da sentença será feita amanhã, Dia internacional dos direitos humanos. Os trabalhos decorrem ao longo do dia, na Fundação Calouste Gulbenkian.