Vive-se uma “sensação de liberdade maior”, mas “no interior estamos mais pobres”, afirmou Filipe Martins, nos trabalhos desta manhã
Vive-se uma “sensação de liberdade maior”, mas “no interior estamos mais pobres”, afirmou Filipe Martins, nos trabalhos desta manhãVivemos numa desolação cultural: ausência de Deus no mundo, afirmou o jesuíta na primeira conferência deste segundo dia de trabalhos da oitava edição da Semana de estudos de espiritualidade inaciana. O sacerdote que trabalha na área da Pastoral juvenil, apresentou a metáfora da mochila com dez objectos, para mostrar aos participantes as novas mentalidades. Lá dentro tem: manual de instruções, espelho, etiqueta do preço, relógio, cheque-experiência, CD de música, foto de família, saco do banco alimentar, telemóvel.
Nos dias de hoje, Deus tornou-se não credível, e desapareceu, mas não lhe sentimos a falta, afirmou o orador aos participantes. No entanto o drama não é Deus ter desaparecido, é viver-se uma existência anestesiada, sublinhou ainda
No segundo dia dos trabalhos do encontro subordinado ao tema Crer na fronteira, habitar novas fronteiras, o, também, director do site essejota defendeu que descobrir o outro e a amizade é descobrir-me a mim próprio. E é preciso ter a coragem de aceitar ser aceite porque, apesar de querer ser aceite, o mais desejado é o mais difícil.
Filipe Martins sublinhou, também, que, na sociedade actual, há gente que tem medo do silêncio, de ficar sozinho e que faz tudo para ser aceite num grupo ainda que não se dê totalmente. O jesuíta frisou ainda a fragilidade e a experiência do sofrimento podem ser um caminho de crescimento.