Nos tempos que correm, ao olhamos para o panorama africano, ficamos com a impressão de estarmos a vivenciar uma exortação antiga, mas permanentemente nova ou continuamente renovada
Nos tempos que correm, ao olhamos para o panorama africano, ficamos com a impressão de estarmos a vivenciar uma exortação antiga, mas permanentemente nova ou continuamente renovadaas lágrimas de desespero e de sofrimento das mães e das crianças africanas, parecem estar entregues à única garantia que se pode ter num meio hostil como aquele onde vivem: Seja o que Deus quiser!. Sabem que o mundo não deveria ser esta correria de um lado para outro. Mas têm que fazê-lo na esperança de encontrar um sítio que não lhes traga a memória da violência e de uma humanidade hipócrita e indiferente ao sofrimento dos outros.
a polémica em torno da participação da força militar da União Europeia na República Democrática do Congo é um sinal claro de como algumas pessoas mortas têm que ser elas mesmas a darem sepulturas aos seus mortos. Para que a estratégia política possa funcionar, os mortos têm que sepultar os seus mortos. aquela mulher que apenas respira, tem de encontrar forças para sepultar o bebé que traz nos braços. aquele homem que não acredita que está vivo, mesmo assim tem de procurar forças para sepultar toda a família que acaba de perder. É uma nova era! Os mortos têm que enterrar os seus mortos para facilitar a acção política.