Mais de 800 pessoas estão reunidas até à próxima sexta-feira no XXI Encontro da Pastoral da Saúde, subordinada ao tema ” a dimensão terapêutica da espiritualidade”
Mais de 800 pessoas estão reunidas até à próxima sexta-feira no XXI Encontro da Pastoral da Saúde, subordinada ao tema ” a dimensão terapêutica da espiritualidade”Começa a surgir como essencial a vivência espiritual do sofrimento, sem fobias de bem-estar como única meta do sentido da vida, afirmou o presidente da Comissão episcopal da Pastoral Social, na abertura do encontro. O bispo Carlos azevedo salientou ainda que fomos buscar energia para aceitar que há uma forma humana de viver em relação com a dor, própria, e com a dor dos outros.
Este encontro é uma oportunidade excelente para ir mais longe na percepção do papel da espiritualidade na vida do doente, de modo concreto, de adequados cuidados ao serviço da qualidade da vida do doente e da organização eficaz, dos caminhos viáveis dessa ajuda espiritual, afirmou o prelado.
Carlos azevedo defendeu ainda que não basta reconhecer o direito, é preciso conceder meios para que esse direito possam ser exequível, numa alusão à relação entre o Estado e a Igreja no apoio aos doentes e enfermos.
Dariuz Giers, representante oficial do Conselho Pontifício para a Pastoral da Saúde leu uma mensagem enviada pelo cardeal Lozano Barragán em que sublinha a actualidade e pertinência do tema, em Portugal. No contexto da cultura ocidental pós-moderna trata-se de uma temática de grande relevo e importância devido à tendência anti-espiritual e anti-religiosa.
O cardeal apela a todas as instituições do Estado e aos seus responsáveis para que façam o necessário para manter o serviço espiritual, sem dúvida uma autêntica dimensão terapêutica e um legítimo direito do enfermo. Pela primeira vez, participam nos trabalhos responsáveis da pastoral da Saúde da Madeira, recentemente lançada na ilha.