Com o início do advento recomeçámos com maior ardor a nossa caminhada de Igreja para a Terra Prometida onde Cristo se nos revela caminho, verdade e vida
Com o início do advento recomeçámos com maior ardor a nossa caminhada de Igreja para a Terra Prometida onde Cristo se nos revela caminho, verdade e vidaNo Natal, o Filho de Deus será nosso para sempre, como o foi por instantes para os pastores e os Reis Magos. O advento é um tempo de espera activa, de expectativa plena da certeza que O Senhor vem, melhor, já está connosco, no meio de nós, em cada um de nós. Está em nós como estava no seio da Virgem Maria desde o momento da anunciação. Mas, como para Maria, o nosso advento tem de ser um tempo cheio da nossa actividade pessoal e da actividade do Espírito Santo em nós. Maria não se contentou em simplesmente conceber Jesus: durante cada momento daqueles nove meses, alimentou-O ela com o seu próprio corpo, envolveu-O continuamente na sua oração e no seu pensar, numa intimidade amorosa, total, de corpo e alma. Desenvolveu-O em si até ao momento de O dar à luz para entregar ao mundo o Senhor Jesus que é a encarnação do amor infinito da Trindade Santíssima.
Durante o tempo desse primeiro advento, Maria não conservou só para si o tesouro que ia crescendo no seu seio, o Senhor da salvação do mundo inteiro. O Verbo nela encarnado não era só para ela. Por isso se fez ela missionária: deixou as comodidades da sua casinha e partiu para longe, precisamente para fazer missão, para levar o Salvador à família de Isabel e Zacarias e João, e a toda a vizinhança deles: sentiu-se enviada, tal e qual se sentiriam os apóstolos uns trinta anos mais tarde. Nela, o sentido de Igreja, comunidade do Deus Salvador, era primário, pois tinha compreendido o sentido do nome que devia ser dado ao Filho das suas entranhas: Jesus, Deus salva.
Para ser verdadeiro, também o nosso advento deve ser como o de Maria: um tempo em que pensaremos muito, com amor e alegre expectativa, em Jesus Salvador e também na palavra encarnada que a Igreja nos apresenta na liturgia. E como Maria, vamos viver a consagração ao apostolado que nos foi conferida pelo Espírito Santo no nosso Baptismo: a glória de ajudarmos Cristo a salvar a humanidade. advento, tempo de missão, missão do Céu à terra, missão de cada cristão ao mundo, especialmente às gentes de à nossa volta, e também, de várias maneiras, aqueles que ainda não sabem que o Messias veio para eles e para elas. Juntos, Cristo e nós, concretizaremos assim a vontade salvífica de Deus.