Durante 21 dias, a Guiné-Bissau foi mais colorida, mais ruidosa, mais prometedora e mais pacífica. a campanha chegou ao fim sem registo de incidentes
Durante 21 dias, a Guiné-Bissau foi mais colorida, mais ruidosa, mais prometedora e mais pacífica. a campanha chegou ao fim sem registo de incidentesTerminou, à meia-noite de sexta-feira, 14 de Novembro, a campanha de 23 partidos para as eleições legislativas de domingo na Guiné-Bissau. a questão do narcotráfico acabou por marcar as três semanas, especialmente pela mão do PSR, segundo maior partido, com o seu líder, Kumba Ialá, a acusar o presidente do país, Nino Vieira, de envolvimento, refere a agência Lusa.
O PaIGC, maior partido, e o seu líder, Carlos Gomes Júnior, optaram por um discurso conciliador, de propostas para reconstruir um país que, disse, vive num buraco. alguns partidos mais pequenos preferiram fazer os comícios de encerramento na quinta-feira. Os líderes do PaIGC e PRS fizeram a grande festa apenas na tarde de sexta-feira, depois de terem percorrido o interior do país.
Sem meios, muitos dos partidos mais pequenos optaram mesmo por campanhas porta-a-porta e pequenas caravanas pelo centro da capital. O colorido das bandeiras, colocadas em motas, automóveis e até nos transportes públicos animaram a festa. a falta de meios atingiu também os órgãos de comunicação social do país. O apoio da comunidade internacional permitiu a cobertura da campanha eleitoral.
Quase todos os partidos prometeram aos eleitores uma boa governação e reformas nos sectores da educação, saúde, energia e infra-estruturas do país, um dos mais pobres do mundo. a promessa de pagamento de salários todos os meses (os guineenses vão a votos com ordenados em atraso) e melhoria das condições de vida foram outros temas comuns a todos os candidatos.