Os delegados militares da Coreia do Norte notificaram, a 12 de Novembro, que todas as passagens fronteiriças terrestres entre as duas Coreias irão sofrer restrições ou cortes a partir de Dezembro
Os delegados militares da Coreia do Norte notificaram, a 12 de Novembro, que todas as passagens fronteiriças terrestres entre as duas Coreias irão sofrer restrições ou cortes a partir de Dezembro a ameaça de restrições na passagem das fronteiras terrestres põe em risco o complexo industrial sul-coreano de Gaesong. Trata-se da actual menina dos olhos da Coreia do Sul em território norte-coreano. a esta ameaça seguiu-se um protesto da Cruz Vermelha da Coreia do Norte. a organização fechou as portas da sua filial localizada em Panmunjom, a aldeia da paz, junto da fronteira, e local habitual das conversações militares entre os dois países. O protesto é uma retaliação contra o governo do Sul, que na semana passada se juntou a vários países membros das Nações Unidas que assinaram uma resolução contra a Coreia do Norte por causa dos direitos humanos.
Na base da ameaça da Coreia do Norte está a acusação de que o actual governo do Sul não implementou duas deliberações do famoso encontro entre o anterior presidente da Coreia do Sul e o líder do Norte, Kim Jong-Il. as autoridades sul-coreanas já reagiram a esta queixa. Lamentam que o Norte tenha tomado esta decisão unilateral e apelam ao diálogo e cooperação mútua. Já sobre o polémico lançamento de balões com panfletos, o Ministério da Unificação sul-coreano reafirmou que está a fazer os possíveis para impedir esta prática.
É curioso que, enquanto o Norte reage desta maneira, mantém um pedido para que os sul-coreanos forneçam o material necessário para reparar as comunicações militares entre os dois países. Várias linhas telefónicas estão avariadas desde Maio. O ministro sul-coreano da Unificação afirmou, no encontro que manteve com empresários que estão a investir em Gaesong, que o Norte deveria acabar imediatamente com as ameaças.