O relatório “Estado das Cidades Mundiais 2008/2009”, do programa Habitat, revela que a população de 46 países deverá ser menor em 2050
O relatório “Estado das Cidades Mundiais 2008/2009”, do programa Habitat, revela que a população de 46 países deverá ser menor em 2050Segundo o relatório das Nações Unidas (ONU), alemanha, Itália e Japão, a maior parte dos países da ex-União Soviética e algumas ilhas estão incluídos na lista. Nos últimos 30 anos foram mais as cidades de países desenvolvidos que encolheram do que as que cresceram. a evolução está mais associada às cidades dos países da américa do Norte e Europa. aí o número de metrópoles que encolheram aumentou mais do que o de cidades que cresceram em termos populacionais, refere a agência Lusa.
No Reino Unido são 49, na alemanha 48 e na Itália 34 as cidades que diminuíram entre 1990 e 2000, de acordo com os dados da ONU. Cerca de 100 cidades russas viram a sua população baixar nos anos 90. Mas o fenómeno das cidades cuja população diminuiu não é exclusivo dos países desenvolvidos. Em África, 11 cidades perderam população entre 1990 e 2000. Dez delas eram pequenas cidades (entre 100. 000 e 500. 000 habitantes).
a lista das maiores megacidades (mais de 10 milhões de habitantes) é liderada por Tóquio, com 35,6 milhões, seguida pela Cidade do México (19 milhões), Nova Iorque-Newark (19 milhões) e São Paulo (18,8 milhões). as previsões das Nações Unidas continuam a dar Tóquio no topo da lista em 2025, com mais de 36 milhões de habitantes, mas a segunda posição deverá passar a ser ocupada por Mumbai (ex-Bombaim), com mais de 26 milhões, e o terceiro lugar por Deli, com 22,4 milhões de pessoas.
Metade da população mundial vive nas cidades e a tendência é para aumentar. Os estudos demográficos da ONU indicam que o peso dos habitantes citadinos no planeta chegará aos 70 por cento em 2050. a concentração excessiva nalgumas cidades africanas pode distorcer a economia, criar desequilíbrios na distribuição da população e dos recursos e dá lugar a diferentes formas de desagregação socio-económica.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, advertiu que o crescimento harmonioso das cidades deve preservar o meio ambiente. Lembrou ainda que parte dos Objectivos do Desenvolvimento do Milénio inclui a melhoria significativa das condições de vida de pelo menos cem milhões de moradores dos bairros mais marginais do planeta.