Chefes de estado da África austral reúnem-se em Joanesburgo, África do Sul, para pressionar o presidente zimbabueano e o líder da oposição a formarem governo
Chefes de estado da África austral reúnem-se em Joanesburgo, África do Sul, para pressionar o presidente zimbabueano e o líder da oposição a formarem governo a organização não governamental Human Rights Watch (HRW) pressiona os líderes da África austral, para que façam pressão sobre o presidente Mugabe para encontrar uma saída para a crise política do Zimbabué. Caso contrário torna-se necessária a intervenção das Nações Unidas (ONU). Num novo relatório, a organização de defesa dos direitos humanos acusa o regime de Robert Mugabe de usar o sistema judiciário e policial contra a oposição e a sociedade civil. O presidente do Zimbabué ignora o acordo de Setembro último com a oposição.
a HRW, com sede em Nova Iorque, calcula que 163 pessoas foram mortas no país desde as eleições de Março último, refere a agência Lusa. as instituições repressivas da ZaNU-PF (União Nacional africana do Zimbabwe-Frente Patriótica, no poder) permanecem intactas e não há nenhuma mudança no seu comportamento abusivo, lê-se num comunicado da organização.
Os chefes de Estado dos 15 membros da Comunidade para o Desenvolvimento da África austral (SaDC) reúnem-se para pressionarem o presidente Mugabe e o líder da oposição Morgan Tsvangirai. a cimeira tem lugar amanhã, 9 de Novembro, em Joanesburgo, e é vista como a última oportunidade para salvar um acordo de partilha de poder que está no impasse desde a sua assinatura a 15 de Setembro. a SaDC confiou infelizmente na diplomacia silenciosa do antigo presidente sul-africano Thabo Mbeki e na esperança que este tinha de ver Mugabe restaurar o estado de direito e o respeito dos direitos humanos, refere a HRW.