Forças de paz tentam prolongar cessar-fogo. Há milhares de deslocados que se juntam aos muitos refugiados que já se amontoavam em Goma e na região
Forças de paz tentam prolongar cessar-fogo. Há milhares de deslocados que se juntam aos muitos refugiados que já se amontoavam em Goma e na região a situação dramática que se vive no Leste da República Democrática do Congo (RDC) levou a que altos responsáveis das Nações Unidas manifestassem esta sexta-feira a sua profunda preocupação com o sofrimento de centenas de milhares de civis apanhados no fogo cruzado dos mortíferos combates entre tropas governamentais e milícias rebeldes.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, tem procurado uma solução pacífica e diplomática para a crise, envolvendo líderes regionais, da Europa e dos Estados Unidos, mas também sem sucesso, para além do frágil e ténue cessar-fogo vigente.
Pelo menos 250 mil congoleses já abandonaram as suas casas desde agosto, em consequência dos combates entre as forças armadas congolesas (FaRDC) e os rebeldes do Congresso Nacional para a Defesa do Povo (CNDP), liderado pelo desertor Laurent Nkunda, na província do Kivu do Norte, nomeadamente na cidade de Goma, a capital provincial, onde já se amontoavam milhares e milhares de refugiados, muitos fugidos das guerras recentes nos países da região, como o Ruanda, o Burundi e de combates no próprio Congo.
Segundo relatos, as forças de manutenção de paz da ONU na RDC, conhecidas pela sigla francesa MONUC, têm vindo a trabalhar para proteger os civis apanhados nestes confrontos dos últimos dias, mas procuram esticar ao máximo o cessar-fogo unilateral anunciado por Nkunda.