Os argumentos utilizados para criticar o aumento do salário mínimo revelam falta de solidariedade, diz Manuela Silva
Os argumentos utilizados para criticar o aumento do salário mínimo revelam falta de solidariedade, diz Manuela Silva a presidente da Comissão Justiça e Paz manifesta preocupação pelo facto de, numa sociedade democrática, os argumentos utilizados para falar sobre o aumento do salário mínimo, para 450 euros, serem a crise financeira.
À Rádio Renascença, a responsável disse que a situação revela que não há uma compreensão suficientemente alargada e responsável acerca da solidariedade, que deveria existir e é necessário que exista numa sociedade democrática. Manuela Silva considera que essa solidariedade é condição para assegurar a coesão social, que é indispensável, uma componente fundamental quer do desenvolvimento, quer do exercício da cidadania.
Manuela Silva receia que, como consequências da crise financeira internacional, haja consequências na economia real mais significativas para Portugal, por estar muito dependente dos mercados externos. Quanto à crise financeira que afecta o mundo, a presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz considera que estão a ser desenvolvidos esforços para a minimizar: Penso que em relação ao sistema financeiro português não haverá muito a temer. Nós temos instituições bancárias relativamente sólidas e os esforços que o Governo está a fazer, à semelhança do que foi acordado a nível europeu, permitirão ao sistema financeiro reagir e acomodar a crise, sustenta a economista.