O alto representante das Nações Unidas para a aliança das Civilizações defendeu a necessidade de os governos elaborarem estratégias nacionais para o diálogo intercultural
O alto representante das Nações Unidas para a aliança das Civilizações defendeu a necessidade de os governos elaborarem estratégias nacionais para o diálogo intercultural Só através de políticas e de práticas de boa governação da diversidade cultural conseguiremos não só viver em conjunto harmoniosamente mas também fazer desta convivência forçada uma oportunidade de enriquecimento cultural e humano , afirmou Jorge Sampaio. No final de dois dias de conferência, a conclusão: Não podemos nem queremos viver uns sem os outros e estamos magnificamente condenados a viver uns com os outros , sublinhou o ex-presidente da República.
Sampaio apontou medidas a adoptar para o diálogo intercultural: No campo da educação, da juventude da integração das minorias e dos media, com a participação da sociedade civil.
O alto representante das Nações Unidas para a aliança das Civilizações apelou ainda a que cada um a seu nível promova uma nova atitude. Uma nova atitude em relação aos nossos concidadãos, à sociedade, à diversidade que ela se reveste – nas escolas, nos locais de trabalho, no bairro, no prédio , defendeu Jorge Sampaio.
O ex-presidente da República portuguesa assinalou que Portugal se tornou num país de imigração e recordou ter visitado uma escola na periferia de Lisboa onde os professores tinham mais de 20 nacionalidades numa mesma turma. Terão os professores sido formados para tirar partido deste público tão diverso? Terá a escola integrado nas suas práticas esta inédita realidade da diversidade cultural? , questionou.