Cerca de 40. 000 participantes na Grande Marcha indígena chegaram a Cali sábado, 25 de Outubro. Querem dialogar com o presidente colombiano Álvaro Uribe sobre a violência as suas terras ancestrais
Cerca de 40. 000 participantes na Grande Marcha indígena chegaram a Cali sábado, 25 de Outubro. Querem dialogar com o presidente colombiano Álvaro Uribe sobre a violência as suas terras ancestraisMais outros 50. 000 manifestantes são esperados hoje, 26 de Outubro, segundo o porta-voz do Conselho Regional Indígena de Cauca, Feliciano Valência. Estão em marcha desde terça-feira, percorrendo mais de 100 quilómetros. Integram a marcha nativos, sindicalistas, camionistas e cortadores de cana-de-açúcar, estes em greve desde 15 de Setembro.
Os líderes indígenas vão reunir-se hoje com o presidente colombiano, Álvaro Uribe, para negociar uma agenda de cinco pontos, refere a agência Lusa. a grave problemática da violação dos direitos humanos e a crise humanitária em que vivem os povos nativos estão em cima da mesa. a derrogação de algumas iniciativas legislativas que atentam contra a integridade territorial, laboral e cultural dos povos é outro ponto em discussão.
Os indígenas manifestam-se contra a assinatura de tratados de comércio livre pelo carácter gravemente nocivo que esses acordos representam, para os seus povos, explica Feliciano Valência. Outra questão em debate é o cumprimento do tema das terras, território, ressarcimento e reparação integral, além de medidas de protecção da comunidade perseguida e uma agenda para ser aplicada a todo o país. Caso não se chegue a acordo, a marcha seguirá para a capital, Bogotá, anunciou o líder Valencia.
Em conferência de imprensa, o ministro colombiano da Defesa, Juan Manuel Santo, indicou que as autoridades encontraram, nos arredores de Cali, 39 morteiros com que as Forças armadas Revolucionárias da Colômbia (FaRC) pretendiam entrar na cidade para sabotar o encontro.