Estudo da Universidade Católica revela que mais de 60 por cento dos moradores da freguesia de São Nicolau, em Lisboa, vive com um rendimento mensal até 350 euros
Estudo da Universidade Católica revela que mais de 60 por cento dos moradores da freguesia de São Nicolau, em Lisboa, vive com um rendimento mensal até 350 euros a Junta de Freguesia de São Nicolau tem 1170 moradores recenseados. a maioria (494) tem entre 25 e 54 anos. Porém, o peso da população idosa é elevado: 282 moradores têm idades compreendidas entre 55 e 74 anos, 143 entre 75 e 100 anos e um morador com mais de 100 anos. Dos 61,3 por cento de moradores que vivem com um rendimento mensal até 350 euros, o dinheiro para quase todos eles provém de pensões de reforma. apenas 3,6 por cento provém de outros rendimentos não especificados.
a agência Lusa refere que o estudo foi realizado por alunos da Licenciatura em Serviço Social da Universidade Católica e coordenado pelo professor Rui Brites. Pretendia-se conhecer as condições de vida dos moradores da freguesia. O estudo revela que 60 por cento dos 109 inquiridos não tem mais do que o primeiro ciclo do ensino básico e 9,5 por cento não sabe mesmo ler ou escrever. a grande maioria dos inquiridos exerceu, a nível profissional, uma actividade de baixa qualificação. Outra conclusão do estudo é que 41,7 por cento dos inquiridos vive com o cônjuge, 31 por cento vive só, 22,6 por cento vive com outro familiar, 17,9 por cento vive com filhos e 8,3 por cento vive com outra pessoa que não familiar.
a grande maioria vive em casa arrendada e um terço destas casas está degradada. a esmagadora maioria das habitações na freguesia de São Nicolau tem, segundo o estudo, condições básicas de alojamento. No que toca às relações familiares e sociais ou de vizinhança, 59,2 por cento dos inquiridos considera que são tão frequentes quanto desejavam contra 38, 2 por cento que as considera abaixo do desejado.
Relativamente à mobilidade, 91 por cento dos 109 inquiridos desloca-se a pé, nove por cento utiliza transporte público ou adaptado, 65,4 por cento utiliza transporte público não adaptado, 3,8 por cento utiliza veículo particular e 7,7 por cento utiliza outros meios de transporte.
Entre as preocupações dos inquiridos, a saúde é motivo de maior preocupação para 76,5 por cento dos inquiridos enquanto a segurança o é para 58,8 por cento. a situação familiar ocupa 56,5 por cento das preocupações dos questionados, a falta de apoios 15,3 por cento e a solidão 21,7 por cento.