Portugal apresenta grandes desigualdades na distribuição dos rendimentos dos cidadãos, ao lado dos Estados Unidos e apenas atrás da Turquia e México
Portugal apresenta grandes desigualdades na distribuição dos rendimentos dos cidadãos, ao lado dos Estados Unidos e apenas atrás da Turquia e MéxicoO relatório Crescimento e Desigualdades da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) refere que o fosso entre ricos e pobres aumentou em todos os países membros nos últimos 20 anos. as excepções são a Espanha, França e Irlanda.
Dinamarca e a Suécia são os países mais justos. O México está no topo da tabela dos mais injustos seguido da Turquia, de Portugal e dos Estados Unidos da américa. Em três quartos dos 30 países da OCDE, as desigualdades de rendimentos e o número de pobres aumentaram durante as duas últimas décadas – lê-se no relatório.
O fosso entre ricos e pobres aumentou, desde 2000, no Canadá, alemanha, Noruega, Estados Unidos, Itália e Finlândia, mas diminuiu no México, Grécia, austrália e Reino Unido, indica o estudo. Nos países onde as diferenças sociais são mais notórias, o risco de pobreza é maior e a mobilidade social mais baixa, refere a OCDE.
as famílias ricas melhoraram muito a situação em relação às mais pobres e, por outro lado, o risco de pobreza deslocou-se das pessoas idosas para as crianças e os jovens adultos . É considerada situação de pobreza quando os rendimentos são inferiores a 50 por cento da média de cada país.
a pobreza das crianças, que aumentou nos últimos 20 anos, situa-se hoje acima da média geral e deveria chamar a atenção dos poderes públicos , sublinha um dos autores do estudo, Michael Foerster. a alemanha, a República Checa, o Canadá e a Nova Zelândia são os países onde a pobreza das crianças mais aumentou , sublinha.
a organização pede aos países membros para fazerem muito mais para que as pessoas trabalhem mais, em vez de viverem na dependência das prestações sociais. a taxa de pobreza das famílias sem emprego é quase seis vezes superior à das famílias activas.
O trabalho é um meio muito eficaz para lutar contra a pobreza , não chega para a evitar. Michael Foerster alerta para o facto de mais de metade dos pobres pertencerem a famílias que recebem fracos rendimentos de actividade .