Se nada for feito, com medidas arrojadas e inovadoras, para aplacar a actual situação nas finanças, o número de desempregados pode aumentar em 20 milhões
Se nada for feito, com medidas arrojadas e inovadoras, para aplacar a actual situação nas finanças, o número de desempregados pode aumentar em 20 milhões a actual crise pode provocar uma situação séria no mundo do trabalho, aumentando o número de desempregados em 20 milhões de pessoas. Por isso, são necessárias medidas arrojadas e inovadoras para evitar esta crise.
Isto não é simplesmente uma crise em Wall Street, esta é uma crise em todas as ruas. Precisamos de um programa de recuperação económica para as famílias trabalhadoras e a economia real, com regras e políticas que proporcionem empregos decentes. Temos de ligar uma melhor produtividade aos salários e o crescimento ao emprego, defendeu Juan Somavia, o director-geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Somavia insistiu: Proteger e promover a sustentabilidade das empresas e as oportunidades de um trabalho digno devem constituir o cerne da cimeira sobre a crise financeira recentemente anunciada pelos presidentes [George W. ] Bush e [Nicolas] Sarkozy. Por isso, alerta o director-geral da OIT: Temos de regressar à função básica de financiamento, que é o de promover a economia real. Para emprestar de modo a que os empresários possam investir, inovar, produzir bens e serviços e empregos.
Estimativas preliminares indicam que a crise financeira pode aumentar o número de desempregados de 190 milhões, em 2007, para 210 milhões no final de 2009, observou Juan Somavia. além disso, o número de trabalhadores pobres, que vivem com menos de um dólar por dia, poderá aumentar cerca de 40 milhões; e os que vivem com dois dólares por dia, mais de 100 milhões. Os sectores mais duramente atingidos com estes números galopantes serão a construção, o ramo automóvel, o turismo, as finanças, os serviços e o imobiliário.
O número real de desempregados poderá ser ainda mais elevado do que as actuais projecções, se a comunidade mundial não tomar medidas imediatas para resolver a crise, alertou Somavia.