Encontro-me há um mês nesta grande metrópole, pela segunda vez. Partilharei convosco o que vejo e ouço. as pessoas aqui não contam mais piadas «pra portuga»
Encontro-me há um mês nesta grande metrópole, pela segunda vez. Partilharei convosco o que vejo e ouço. as pessoas aqui não contam mais piadas «pra portuga»Foi difícil deixar Cascavel, no Paraná, para enfrentar esta grande metrópole que é São Paulo. Tem um preço, quando já sou reformado! Já fiz de tudo. Tive de aprender de novo a andar em São Paulo, correr para hospitais e consultas com doentes, perder-me e achar-me, sentir a pressão subir. Não entendo porque tinha de ser para mim semelhante tarefa, nesta altura do meu campeonato.
Tive de enfrentar a cidade no trânsito, por vezes caótico. Muitas vezes andaria mais depressa a pé. Não é tarefa fácil. Descobri que a maior parte das vezes é preferível usar os meios públicos. É vantajoso porque pertenço ao grupo da terceira idade. Não pago nada e ainda me dão a preferência para sentar. Fiquei a saber que tenho cara de idoso. Talvez por causa das barbas brancas.
Foi-me pedido de assumir o comando da Casa provincial. Vivo com gente activa, mas também idosos e doentes. É uma situação semelhante à que tinha acompanhado em Fátima. O missionário não se demite e não se omite. Vai em frente e confia no ponto da chegada. Devo realizar o ditado bem brasileiro: Dá sempre certo.