Em 2010 celebra-se o quarto centenário da morte do jesuíta Matteo Ricci que, antes de partir para Goa, esteve em Coimbra e Lisboa
Em 2010 celebra-se o quarto centenário da morte do jesuíta Matteo Ricci que, antes de partir para Goa, esteve em Coimbra e LisboaO grande missionário da China, Matteo Ricci, é conhecido com diversos nomes e expressões: Primeiro cidadão mundial da terra, Pioneiro do intercâmbio cultural, Chinês entre os chineses, Xi tai – mestre ocidental -, Xi ru – sábio ocidental -, Mandarim, Primeiro a aviar as relações culturais entre a Europa e a China e tantos outros. Todos revelam a grandeza desta figura missionária.
O grande missionário jesuíta foi também humanista, filósofo, literato, geógrafo e astrólogo. Deixou-nos várias obras. Os chineses de todos os tempos dedicaram-lhe uma grande veneração e gratidão. Já começaram os preparativos para a celebração do quarto centenário da sua morte, em 2010. Duas conferências foram agendadas para Roma e Pequim, em Maio e Outubro respectivamente. Outras iniciativas serão programadas para lembrar um grande homem que conquistou o coração do povo chinês, desde a gente simples aos intelectuais.
antes de partir para a Ásia, Matteo Ricci passou por Coimbra, em 1577 e em 1578 partiu de Lisboa para Goa. Matteo Ricci nasceu em Macerata, Itália, a 6 de Outubro de 1552. Iniciou os estudos na escola dos jesuítas aos nove anos. Em 1568 mudou-se para Roma, onde entrou na Companhia de Jesus. amadureceu a sua vocação missionária e preparou a sua partida para o Oriente em Portugal. Foi ordenado sacerdote em 1582. Partiu para Macau, onde os jesuítas estavam presentes desde 1534, data da fundação da Ordem. Em 1589 partiu para Shao Zhou, em Guang Dong.
Depois de várias andanças e tentativas falhadas para evangelizar a China, mudou-se para Pequim. Em 24 de Janeiro de 1601, apresentou-se na corte imperial Ming. a sua tentativa de inculturação do cristianismo esbarrou na conhecida controvérsia dos ritos chineses. Construiu a famosa igreja que ainda hoje é a catedral de Pequim, dedicada à Imaculada Conceição. Morreu em Pequim a 11 de Maio de 1610. Foi sepultado em Pequim num terreno doado pelo imperador em homenagem a este grande missionário.