Muito se fez em 60 anos de Declaração dos Direitos Humanos. Mas persistem leis, costumes, prática e preconceitos que anulam ou comprometem a igualdade entre homens e mulheres
Muito se fez em 60 anos de Declaração dos Direitos Humanos. Mas persistem leis, costumes, prática e preconceitos que anulam ou comprometem a igualdade entre homens e mulheresNão devem ser poupados esforços para persuadir os países a revogarem leis e desencorajarem costumes, práticas e preconceitos que anulam ou comprometem a concretização da igualdade entre homens e mulheres.
Este forte apelo é de Navanethem Pillay, a alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, esta semana no Conselho de Direitos Humanos, em Genebra, dedicado às questões de género.
Para Pillay, o caminho é óbvio: é necessário fazer muito mais, para proteger as mulheres contra a discriminação e pela igualdade dos sexos, apesar de todos os progressos realizados nos últimos 60 anos, desde a adopção da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Por todo o mundo, as mulheres estiveram sempre entre os mais pobres e marginalizados, com acesso limitado a direitos, recursos e oportunidades, afirmou a alta comissária.
Pillay diz que se continua a notar que há papéis profundamente enraizados nas culturas e que, por vezes, esses papéis inculcam ideias de superioridade e de inferioridade entre mulheres e homens, assim como de responsabilidades estereotipadas de uns e outras. Por isso, argumenta, a necessidade do apelo que fez ecoar em Genebra, a favor da igualdade de homens e mulheres.