Em entrevista à Rádio Vaticana, o cardeal emérito de Luanda afirma que os angolanos devem «saber responder dignamente». Falou ainda sobre a riqueza do país e a atenção às classes desfavorecidas
Em entrevista à Rádio Vaticana, o cardeal emérito de Luanda afirma que os angolanos devem «saber responder dignamente». Falou ainda sobre a riqueza do país e a atenção às classes desfavorecidasOs angolanos atingiram um alto grau de maturidade cívica e democrática, afirmou o cardeal alexandre do Nascimento. Numa entrevista à Rádio Vaticana, poucos dias antes das eleições legislativas, tidas como muito importantes e as primeiras após o fim da guerra civil terminada em 2002. O arcebispo emérito de Luanda sublinha que são um percurso normal para a democracia e servem para consolidar o país.
Referindo-se às riquezas de angola, o cardeal afirmou que Deus abençoou a sua terra. agradeço muito como religiosos, como sacerdote, a Divina Providência que nos deu petróleo em abundância. a subida de preços é positiva para nós, sublinhou. as novas entradas derivadas ao preço do petróleo devem ser utilizadas no modo melhor, olhando sobretudo para as necessidades das novas gerações.
Pediu uma distribuição correcta da riqueza, a favor das camadas sociais mais desfavorecidas: Devemos ser capazes de responder de modo adequado [às bênçãos da Divina Providência], concluiu o cardeal. Numa mensagem de Julho passado, os bispos afirmaram: a Igreja não opta por nenhum partido político. E convidaram os fiéis a participar nas eleições.
Durante a guerra civil, que durou 25 anos, a Igreja levantou a sua voz a favor da paz. Diversas vezes se ofereceu para mediar o conflito entre as partes. No final dos anos 90 a voz da Igreja tornou-se ainda mais forte, reclamando o fim da guerra e encorajando as partes a negociar uma solução para o conflito. Segundo um inquérito realizado pela BBC, em Março de 2008, mais de 78 por cento dos entrevistados declararam ter confiança nas instituições religiosas.