as desigualdades sociais globais levam a padrões muito divergentes na saúde. Uma mulher japonesa que nasça no mesmo dia que uma do Lesoto viverá em média mais 42 anos
as desigualdades sociais globais levam a padrões muito divergentes na saúde. Uma mulher japonesa que nasça no mesmo dia que uma do Lesoto viverá em média mais 42 anosNasceu e cresceu no Japão, é mulher e viverá mais 42 anos que uma outra mulher que nasça no mesmo dia no Lesoto e cresça neste país africano. É esta disparidade – nas desigualdades por nascimento, crescimento e idade – que vai escalonar os países na esperança média de vida das suas mulheres.
a injustiça social está a matar pessoas a uma grande escala, sublinha o texto de um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgado esta quinta-feira, da autoria de uma comissão composta por professores universitários, incluindo o Prémio Nobel amartya Sen, antigos chefes de Estado e ministros da Saúde, depois de uma investigação de três anos.
Segundo este estudo, intitulado Reduzir o fosso numa geração: Equidade na Saúde através da acção nas determinantes sociais da saúde, a biologia não é a culpada pela possibilidade de uma em cada oito mulheres morrer no parto no afeganistão, comparado com uma mãe, na Suécia, onde esse risco é apenas de uma em 17400.
a combinação tóxica de más políticas, na economia e na política, é, em grande medida, responsável pelo facto de a maioria das pessoas no mundo não gozarem de boa saúde no que é biologicamente possível, observa o relatório.
Nos últimos anos, assistiu-se a um crescimento na riqueza mundial, na tecnologia e no nível de vida, mas é fundamental definir como os recursos são atribuídos aos serviços e ao desenvolvimento de instituições nos países de menores rendimentos.